NNa receita "Geleia de maçã com pimenta", que postei ano passado, utilizei pimenta vermelha convencional que comprei no sacolão perto de casa. No último Natal, fiz uma receita parecida, só que em vez de maçã usei abacaxi. E usei pimenta vermelha orgânica, que trouxe de um sítio de amigos em São Roque-SP. Percebi que ela arde muito mais. Aí lembrei de uma aula na Pós em Fitoterapia, em que perguntei ao professor se existiria diferença entre uma planta cultivada de forma convencional, e a mesma planta de cultivo orgânico.
Ele explicou o seguinte: as plantas possuem dois tipos de metabolismo: o primário e o secundário. O metabolismo primário é aquele mais direcionado ao crescimento, formação de tecidos em geral. É este o responsável pelo crescimento dos talos, folhas, flores, frutos, raízes... O outro metabolismo, por sua vez, forma aquelas substâncias presentes em pequena quantidade na planta. Os alcaloides, vitaminas, enzimas, flavonoides, antocianinas e por aí vai. Boa parte dessas substâncias "secundárias", porém vitais para a planta, têm alguma função de defesa contra o ataque de predadores. Voltando à pimenta: o pássaro vê o fruto vermelho, e instintivamente vai lá se alimentar dela. E a não ser que ele seja algum pássaro adaptado a consumir esse tipo de fruto picante, ele sai com o bico queimando. A capsaicina (e outros compostos presentes na pimenta) seriam como um "repelente" natural.
E o que o cultivo orgânico tem a ver com isso?
É que a agricultura convencional, visando o maior tamanho dos frutos, estimula o metabolismo primário (lembra? o primeiro, responsável pelo crescimento vegetativo). Como? Fornecendo os nutrientes já prontos (especialmente nitrogênio, fósforo e potássio, o famoso trio NPK). E também por meio do uso dos defensivos (agrotóxicos), que mantém longe os invasores. Resultado: não faz sentido para a planta produzir essas substâncias "menores" como alcaloides, por exemplo, e foca totalmente na produção das substâncias que dão a estrutura - no caso da planta, celulose e água. A planta que cresce sem essa "proteção externa", ao contrário, se vê obrigada a produzir essas substâncias para sua própria defesa.
Basta comparar com uma cidade em crescimento. Nas cidades e bairros "jovens", qual é o tipo de comércio mais comum? Lojas de material de construção, tecidos, ferramentas, supermercado, açougue, quitanda. Esse é o crescimento primário. À medida que o bairro ou cidade vai crescendo, ela recebe os serviços básicos (farmácia, correio, banco), e passa a contar com serviços cada vez mais especializados. Esse é o crescimento secundário.
Se isso for verdade, faz todo o sentido o fato da pimenta orgânica arder mais do que a convencional. E explicaria também o argumento de que o alimento orgânico é mais nutritivo. Está aí um interessante tema para discussão.
Farmacêuticos na Cozinha
Afinal, a cozinha também é um laboratório!
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Pimenta orgânica
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VOLTEI!
Depois de um longo tempo de pausa - mais de seis meses - voltei a postar no blog. Confesso que estava um pouco desanimado, porque quase não via comentários dos leitores. Porém para minha surpresa, o blog continuou sendo tendo um razoável número de acessos, considerando que não tinha nenhuma novidade. E mais: recebi alguns e-mails de leitores que sentiam falta das postagens. Ou seja, aprendi que nunca devemos desistir. Valeu, gente!
Agradecimentos especiais:
- Luiz Carlos Machado (não se identifica de onde), que comentou a postagem sobre sardinha e lembrou que não existe sardinha enlatada em água e sal, tal como o atum. Pelo menos nunca vi. Encontrei apenas uma marca em Portugal, a Conservas Ramirez, que fabrica sardinha em água e sal. Desconheço se eles a comercializam no Brasil.
- Amílcar Parada, cervejeiro artesanal do blog "Senhora Birra", que comentou minha postagem sobre cenouras. Ele fez uma receita de cerveja de cenoura (Rabbit Ale), e passou a usar as cenouras de menor tamanho com base na minha afirmação de que estas são mais doces. Ficou boa, segundo ele. Uma boa dica para a Páscoa, rsrsrs.
- Helder Aureliano, de um grupo de agricultores de Parati - RJ, que comentou a receita de Geleia de Maçã com Pimenta e pergunta sobre métodos caseiros de esterilização de vidros. Indiquei pra ele (e pra quem mais possa interessar) o ótimo site Prato Fundo, que por sinal também é de um farmacêutico.
- Aos meus colegas de trabalho, colegas de profissão, muitos dos quais conheci através das redes sociais e nem conheço pessoalmente, mas que me incentivam a seguir em frente com as receitas e curiosidades sobre alimentos. Muito obrigado mesmo!
Agradecimentos especiais:
- Luiz Carlos Machado (não se identifica de onde), que comentou a postagem sobre sardinha e lembrou que não existe sardinha enlatada em água e sal, tal como o atum. Pelo menos nunca vi. Encontrei apenas uma marca em Portugal, a Conservas Ramirez, que fabrica sardinha em água e sal. Desconheço se eles a comercializam no Brasil.
- Amílcar Parada, cervejeiro artesanal do blog "Senhora Birra", que comentou minha postagem sobre cenouras. Ele fez uma receita de cerveja de cenoura (Rabbit Ale), e passou a usar as cenouras de menor tamanho com base na minha afirmação de que estas são mais doces. Ficou boa, segundo ele. Uma boa dica para a Páscoa, rsrsrs.
- Helder Aureliano, de um grupo de agricultores de Parati - RJ, que comentou a receita de Geleia de Maçã com Pimenta e pergunta sobre métodos caseiros de esterilização de vidros. Indiquei pra ele (e pra quem mais possa interessar) o ótimo site Prato Fundo, que por sinal também é de um farmacêutico.
- Aos meus colegas de trabalho, colegas de profissão, muitos dos quais conheci através das redes sociais e nem conheço pessoalmente, mas que me incentivam a seguir em frente com as receitas e curiosidades sobre alimentos. Muito obrigado mesmo!
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segunda-feira, 20 de junho de 2011
Locro andino
O locro é um tipo de cozido originário da Cordilheira dos Andes, que já existia muito antes da chegada dos colonizadores. Seu nome vem do idioma quéchua, língua indígena falada até hoje no Peru e Bolívia, "luqru" ou "ruqru".
Prato substancioso, próprio para enfrentar o frio das montanhas, ele consiste basicamente de: milho, abóbora e feijão cozidos (misturados, ou não). O milho pode ser verde ou maduro, incluindo as centenas de variedades nativas que existem: milho branco, roxo, preto. Pode conter também: carne, batata, mandioca, amendoim, tomate, ervilha, pimenta, pimentão, cebola, cenoura...
No altiplano andino ele leva carne seca de lhama (chamada charqui, de onde veio o nome “charque”).
(Foto: Rodolfo Schleier. Zoo de Buenos Aires, outubro/2010).
Na Bolívia existe o "Locro carretero" que leva arroz, banana, mandioca e urucum (colorau). No Brasil é comum nos estados de fronteira como Acre, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O seu consumo se difundiu para as regiões da planície, chegando até a costa do Atlântico.
Gosto muito da culinária dos nossos vizinhos. Muitos brasileiros dizem América Latina” se referindo aos países de língua espanhola, esquecendo que também somos parte dela. Sem falar no problema do preconceito. Muita gente associa "Paraguai", "Bolívia", "Colômbia" somente com o contrabando, e não sabe a riqueza cultural desses países. Nesse ponto a culinária tem o poder de nos fazer resgatar o que existe de bom em todas as culturas.
Há um tempo atrás comprei um pacote de milho branco para canjica. Mas não queria prepará-lo da maneira tradicional brasileira, com leite condensado e coco ralado. Queria um prato salgado, e de preferência apimentado. Cozinhei a canjica em água, somente, na pressão. Temperei com o que tinha aqui – pimenta dedo de moça, pimentão vermelho, cebola. Servi junto com feijão (como se o milho estivesse no lugar do arroz). E modéstia à parte, ficou muito bom.
A base está lançada! Agora é só inventar a sua receita!
Ah, e aqui vai uma sugestão de música para acompanhar o seu locro:
"El Condor pasa", com o grupo argentino "Los Omaguacas".
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quarta-feira, 25 de maio de 2011
Variações sobre Arroz Doce - 4
No último post da série "Arroz Doce", apresento versões com frutas.
Aqui, utilizei geleia de morango. A polpa fresca perde muito da cor durante o cozimento; por isso a geleia é uma opção, pois o açúcar ajuda a conservar a cor da fruta.
Já falei anteriormente da cor dos alimentos, e da importância de muitos desses pigmentos naturais para a saúde humana.
Os vários tipos de arroz doce descritos até agora: simples, com chocolate, morango...
Frutas vermelhas como o morango são riquíssimas em flavonoides de atividade antioxidante. Claro que boa parte se perde no cozimento; mas o fato é que é muito mais saudável usar essas cores naturais na cozinha, do que substâncias sintéticas estranhas ao organismo.
Outras opções para dar cor são: pó para pudim, e gelatina. Mas antes verifique a composição: já existem no mercado algumas marcas à base de corantes naturais e polpas de frutas.
(Ex.: http://www.oetker.com.br/?actA=2111&produtoID=190)
Arroz doce com morango
2 xícaras de arroz integral
1 litro de água
1 lata de leite condensado
1/2 litro de leite
4 colheres de sopa de geleia de morango
Cozinhe o arroz na água. Acrescente o leite condensado, o leite, a geleia. Deixe ferver, mexendo de vez em quando, até dar ponto. Pouco antes de servir pode colocar pedacinhos de morango ou outra fruta vermelha qualquer (amora, framboesa, cranberry).
Aqui, utilizei geleia de morango. A polpa fresca perde muito da cor durante o cozimento; por isso a geleia é uma opção, pois o açúcar ajuda a conservar a cor da fruta.
Já falei anteriormente da cor dos alimentos, e da importância de muitos desses pigmentos naturais para a saúde humana.
Os vários tipos de arroz doce descritos até agora: simples, com chocolate, morango...
Frutas vermelhas como o morango são riquíssimas em flavonoides de atividade antioxidante. Claro que boa parte se perde no cozimento; mas o fato é que é muito mais saudável usar essas cores naturais na cozinha, do que substâncias sintéticas estranhas ao organismo.
Outras opções para dar cor são: pó para pudim, e gelatina. Mas antes verifique a composição: já existem no mercado algumas marcas à base de corantes naturais e polpas de frutas.
(Ex.: http://www.oetker.com.br/?actA=2111&produtoID=190)
Arroz doce com morango
2 xícaras de arroz integral
1 litro de água
1 lata de leite condensado
1/2 litro de leite
4 colheres de sopa de geleia de morango
Cozinhe o arroz na água. Acrescente o leite condensado, o leite, a geleia. Deixe ferver, mexendo de vez em quando, até dar ponto. Pouco antes de servir pode colocar pedacinhos de morango ou outra fruta vermelha qualquer (amora, framboesa, cranberry).
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sábado, 21 de maio de 2011
Variações sobre Arroz Doce - 3
Outra versão de Arroz Doce
Arroz doce com uva passa
2 xícaras de arroz integral
1 litro de água
1/2 litro de suco de uva
1/2 litro de leite
Açúcar a gosto (mais ou menos 1 xícara)
Uvas passas (mais ou menos 1 xícara)
Na véspera, coloque as uvas passas de molho no suco. Na hora de usar, coe e reserve o suco.
Cozinhe o arroz na água. Acrescente o suco de uva, o leite, o açúcar e por último as uvas passas. Deixe ferver, mexendo de vez em quando, até dar ponto. Fica bom também com vinho tinto.
Experimente também as combinações:
- damasco com nozes
- ameixa seca com suco de maçã
Em sentido horário: arroz doce com uva passa, com cenoura e laranja, com morango, e com chocolate.
Arroz doce com uva passa
2 xícaras de arroz integral
1 litro de água
1/2 litro de suco de uva
1/2 litro de leite
Açúcar a gosto (mais ou menos 1 xícara)
Uvas passas (mais ou menos 1 xícara)
Na véspera, coloque as uvas passas de molho no suco. Na hora de usar, coe e reserve o suco.
Cozinhe o arroz na água. Acrescente o suco de uva, o leite, o açúcar e por último as uvas passas. Deixe ferver, mexendo de vez em quando, até dar ponto. Fica bom também com vinho tinto.
Experimente também as combinações:
- damasco com nozes
- ameixa seca com suco de maçã
Em sentido horário: arroz doce com uva passa, com cenoura e laranja, com morango, e com chocolate.
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quinta-feira, 19 de maio de 2011
Variações sobre Arroz Doce - 2
No post anterior sobre arroz doce, apresentei uma receita com chocolate.
Outra variação possível é acrescentar:
- Geleias de frutas;
- Doce de abóbora;
- Raspas de laranja, limão (o suco não, pois é muito ácido e pode talhar o leite)
- Cenoura, beterraba (são legumes naturalmente adocicados, tanto que servem para fazer bolo).
Nesta receita eu coloquei raspa de laranja, cenoura ralada e leite condensado.
Arroz doce com cenoura e laranja
2 xícaras de arroz integral
1 litro de água
1 lata de leite condensado
1/2 litro de leite
1 cenoura ralada
Raspas de laranja
2 colheres de sopa de açúcar mascavo
1 colher de chá de cardamomo em pó
Cozinhe o arroz na água. Acrescente o leite condensado, o leite, a cenoura, o açúcar mascavo e a raspa de laranja. Deixe ferver, mexendo de vez em quando, até dar ponto. Polvilhe com o cardamomo.
Outra variação possível é acrescentar:
- Geleias de frutas;
- Doce de abóbora;
- Raspas de laranja, limão (o suco não, pois é muito ácido e pode talhar o leite)
- Cenoura, beterraba (são legumes naturalmente adocicados, tanto que servem para fazer bolo).
Nesta receita eu coloquei raspa de laranja, cenoura ralada e leite condensado.
Arroz doce com cenoura e laranja
2 xícaras de arroz integral
1 litro de água
1 lata de leite condensado
1/2 litro de leite
1 cenoura ralada
Raspas de laranja
2 colheres de sopa de açúcar mascavo
1 colher de chá de cardamomo em pó
Cozinhe o arroz na água. Acrescente o leite condensado, o leite, a cenoura, o açúcar mascavo e a raspa de laranja. Deixe ferver, mexendo de vez em quando, até dar ponto. Polvilhe com o cardamomo.
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segunda-feira, 16 de maio de 2011
Linhaça - Rica em fibra, ômega 3 e ômega 6
Artigo do colega farmacêutico Silberto Azevedo, de Belo Horizonte - MG, sobre os benefícios da linhaça.
LINHAÇA – RICA EM FIBRA, OMEGA 3 E OMEGA 6
LINHAÇA – FONTE DE FIBRAS, OMEGA 3 E OMEGA 6
História e descrição
A Linhaça (Linum usitatissimum) é uma das mais antigas plantas cultivadas, e que cresce ao redor do mundo em muitas variedades e formas cultivadas por sua fibra e óleo. Os principais componentes do Óleo de Linhaça são os ácidos graxos da família Ômega-3, e também os da família Ômega-6, com seus respectivos precursores e derivados, além das lignanas e mucilagem.
Os relatos mais antigos com relação a semente da linhaça são datados de 5000 anos antes de Cristo, na Mesopotâmia. Foram até encontrados desenhos da semente em tumbas faraônicas, o que comprovam o uso desta herbácea desde a antiguidade. Obviamente tais provas não nos mostram exatamente como a linhaça era utilizada no passado, mas comprovam que a semente de linhaça já era conhecida e tinha alguma aplicação na vida das pessoas.
Linhaça Dourada x Linhaça Marrom
A linhaça dourada, proveniente de climas frios, é muito mais rica em ômega-3, ômega-6, ômega-9 e gorduras polinsaturadas além de serem cultivadas sem agrotóxicos, já a linhaça marrom, mais fácil de encontrar e mais barata, possui pouco ômega-3 e é produzida sem muito rigor, o que a torna menos indicada.
Semente de linhaça x farinha de linhaça x óleo de linhaça
A linhaça pode ser encontrada e consumida de várias maneiras, mas as mais comuns são a semente de linhaça triturada, a farinha de linhaça e o óleo de linhaça. Os três possuem os mesmos benefícios e a única diferença é a maneira de consumi-los.
A linhaça triturada é muito utilizada no preparo de bolos e biscoitos, pois seus pequenos pedaços deixam esses alimentos mais crocantes. A linhaça triturada também é ótimo acompanhamento aos cereais matinais.
A farinha de linhaça, muito utilizada por quem faz dieta tanto para emagrecer quanto para engordar, é a semente da linhaça moída até virar farinha e pode ser consumida misturada a bebidas como sucos e vitaminas.
O óleo de linhaça encontrado em cápsulas é uma alternativa para aqueles que preferem uma solução rápida, prática e sem gosto, pois basta ingerir a cápsula de óleo de linhaça diariamente para obter os mesmos benefícios.
Ações terapêuticas
Antioxidante, redutora do colesterol, protetora cardíaca, melhora do trânsito intestinal.
Propriedades
O óleo de linhaça possui os ácidos graxos ômega-6 e ômega-3 em uma proporção que é considerada a ideal pela maioria dos pesquisadores, sendo altamente indicado para o equilíbrio das proporções entre os dois grupos de ácidos graxo ômega. O óleo de linhaça contém entre 50 e 60 % de ômega-3 (ácido linolênico) e entre 14% e 20% de ômega-6 (ácido linoléico).
A suplementação com óleo de linhaça resultou em uma redução na freqüência de ataques de asma e uma redução no uso de medicamentos para a condição. Níveis reduzidos de ácidos graxos ômega-3 são associados ao aumento na incidência de câncer de mama, próstata e cólon. O ômega-3 reduz os triglicérides plasmáticos, a agregação plaquetária, relaxa os vasos sangüíneos e reduz a pressão arterial. Pacientes com artrite reumatóide participaram de um estudo duplo-cego de um ano de duração, no qual receberam 2,6 g de ômega-3 diariamente, e obtiveram significativas melhoras no todo e redução da dor, o que permitiu uma redução correspondente no uso de analgésicos. Os ácidos graxos ômega-3 freqüentemente proporcionam melhoras em anormalidades no metabolismo dos ácidos graxos descobertas em pacientes com psoríase e eczema.
A suplementação com óleo de linhaça aumentou a concentração de Ômega-3 nos fosfolipídeos das plaquetas e lipídeos plasmáticos de voluntários vegetarianos masculinos.
No sistema digestivo a linhaça previne o câncer de colón, melhora a prisão de ventre e acidez estomacal. Lubrifica e regenera a flora intestinal e elimina gases gástricos. É um laxante por excelência. Também previne os divertículos nas paredes do intestino. Contém mais fibra que a maioria dos grãos.
No sistema imunológico a linhaça previne os processos alérgicos e o LUPUS.
No sistema cardiovascular é útil no tratamento da ateroesclerose, devido a sua ação antiinflamatória e redutora dos níveis de colesterol, no tratamento da trombose, hipertensão, agregação plaquetária e arritmia cardíaca.
O consumo de linhaça diminui as condições inflamatórias de todo tipo e também trás benefícios para o cabelo e a pele, essencialmente a pele seca e sensível aos raios do sol, trazendo também melhoras no tratamento da psoriase e eczema.
Um dos mais notáveis indicativos de melhora devido ao consumo de linhaça é o incremento progressivo na vitalidade e na energia. A linhaça aumenta o coeficiente metabólico e a eficácia na produção de energia celular. Os músculos se recuperam da fadiga do exercício.
Terapia oral com óleo de linhaça, em cápsulas na dose de 1 ou 2 g/dia, reduz a inflamação da superfície ocular e melhora os sintomas de olho seco em pacientes portadores da síndrome de Sjögren. Estudos de longo prazo são necessários para confirmar o papel desta terapia como auxiliar no tratamento da ceratoconjuntivite seca de portadores da síndrome de Sjögren.(Pinheiro Júnior, 2007).
Indicações
• Na prevenção de doenças cardiovasculares, como hipertensão e infarto;
• Para reduzir os níveis sangüíneos de colesterol e triglicérides;
• Ajuda a manter a pele saudável e fortalece o sistema imune;
• No tratamento da depressão, asma e oesteoporose;
• Como auxiliar no tratamento da artrite reumatóide;
• No auxílio ao tratamento dos sintomas da menopausa;
• Útil na dieta de vegetarianos;
• No tratamento do olho seco na síndrome de Sjögren;
Posologia
• Tomar de 2 a 6 cápsulas de 500 mg ou de 1 a 3 cápsulas de 1 g/dia. Recomenda-se o uso concomitante de suplemento de vitamina E.
Reações adversas
Diarréia, náusea e flatulência em raros casos.
Precauções
Nos pacientes com diarréia.
Interações
Pode interagir com agentes lipofílicos.
Contra-indicações
Hipersensibilidade a linhaça e ácidos graxos insaturados.
Fontes
Brasil Sociedade Brasileira de Cardiologia IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Departamento de Aterosclerose, 2007
GAROFOLO, Adriana; PETRILLI, Antônio Sérgio. Balanço entre ácidos graxos ômega-3 e 6 na resposta inflamatória em pacientes com câncer e caquexia. Rev. Nutr., Campinas, v. 19, n. 5, Oct. 2006 . Available from. Accesso em 05/05/2011. doi: 10.1590/S1415-52732006000500009.
MARTIN, Clayton Antunes et al . Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e ocorrência em alimentos. Rev. Nutr., Campinas, v. 19, n. 6, Dec. 2006. Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000600011&lng=en&nrm=iso. Accesso em 05/05/2011. doi: 10.1590/S1415-52732006000600011.
PINHEIRO JR, Manuel Neuzimar; SANTOS, Procópio Miguel; SANTOS, Regina Cândido Ribeiro dos; BARROS, Jeison de Nadai; PASSOS, Luiz Fernando; NETO, José Cardoso. Uso oral do óleo de linhaça (Linum usitatissimum) no tratamento do olho seco de pacientes portadores da síndrome de Sjögren. Arq Bras Oftalmol. 2007;70(4):649-55.
ATENÇÃO: ESTE TEXTO TEM CARÁTER INFORMATIVO. NÃO USE PLANTAS MEDICINAIS OU MEDICAMENTOS SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO.
"SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO."
LINHAÇA – RICA EM FIBRA, OMEGA 3 E OMEGA 6
LINHAÇA – FONTE DE FIBRAS, OMEGA 3 E OMEGA 6
História e descrição
A Linhaça (Linum usitatissimum) é uma das mais antigas plantas cultivadas, e que cresce ao redor do mundo em muitas variedades e formas cultivadas por sua fibra e óleo. Os principais componentes do Óleo de Linhaça são os ácidos graxos da família Ômega-3, e também os da família Ômega-6, com seus respectivos precursores e derivados, além das lignanas e mucilagem.
Os relatos mais antigos com relação a semente da linhaça são datados de 5000 anos antes de Cristo, na Mesopotâmia. Foram até encontrados desenhos da semente em tumbas faraônicas, o que comprovam o uso desta herbácea desde a antiguidade. Obviamente tais provas não nos mostram exatamente como a linhaça era utilizada no passado, mas comprovam que a semente de linhaça já era conhecida e tinha alguma aplicação na vida das pessoas.
Linhaça Dourada x Linhaça Marrom
A linhaça dourada, proveniente de climas frios, é muito mais rica em ômega-3, ômega-6, ômega-9 e gorduras polinsaturadas além de serem cultivadas sem agrotóxicos, já a linhaça marrom, mais fácil de encontrar e mais barata, possui pouco ômega-3 e é produzida sem muito rigor, o que a torna menos indicada.
Semente de linhaça x farinha de linhaça x óleo de linhaça
A linhaça pode ser encontrada e consumida de várias maneiras, mas as mais comuns são a semente de linhaça triturada, a farinha de linhaça e o óleo de linhaça. Os três possuem os mesmos benefícios e a única diferença é a maneira de consumi-los.
A linhaça triturada é muito utilizada no preparo de bolos e biscoitos, pois seus pequenos pedaços deixam esses alimentos mais crocantes. A linhaça triturada também é ótimo acompanhamento aos cereais matinais.
A farinha de linhaça, muito utilizada por quem faz dieta tanto para emagrecer quanto para engordar, é a semente da linhaça moída até virar farinha e pode ser consumida misturada a bebidas como sucos e vitaminas.
O óleo de linhaça encontrado em cápsulas é uma alternativa para aqueles que preferem uma solução rápida, prática e sem gosto, pois basta ingerir a cápsula de óleo de linhaça diariamente para obter os mesmos benefícios.
Ações terapêuticas
Antioxidante, redutora do colesterol, protetora cardíaca, melhora do trânsito intestinal.
Propriedades
O óleo de linhaça possui os ácidos graxos ômega-6 e ômega-3 em uma proporção que é considerada a ideal pela maioria dos pesquisadores, sendo altamente indicado para o equilíbrio das proporções entre os dois grupos de ácidos graxo ômega. O óleo de linhaça contém entre 50 e 60 % de ômega-3 (ácido linolênico) e entre 14% e 20% de ômega-6 (ácido linoléico).
A suplementação com óleo de linhaça resultou em uma redução na freqüência de ataques de asma e uma redução no uso de medicamentos para a condição. Níveis reduzidos de ácidos graxos ômega-3 são associados ao aumento na incidência de câncer de mama, próstata e cólon. O ômega-3 reduz os triglicérides plasmáticos, a agregação plaquetária, relaxa os vasos sangüíneos e reduz a pressão arterial. Pacientes com artrite reumatóide participaram de um estudo duplo-cego de um ano de duração, no qual receberam 2,6 g de ômega-3 diariamente, e obtiveram significativas melhoras no todo e redução da dor, o que permitiu uma redução correspondente no uso de analgésicos. Os ácidos graxos ômega-3 freqüentemente proporcionam melhoras em anormalidades no metabolismo dos ácidos graxos descobertas em pacientes com psoríase e eczema.
A suplementação com óleo de linhaça aumentou a concentração de Ômega-3 nos fosfolipídeos das plaquetas e lipídeos plasmáticos de voluntários vegetarianos masculinos.
No sistema digestivo a linhaça previne o câncer de colón, melhora a prisão de ventre e acidez estomacal. Lubrifica e regenera a flora intestinal e elimina gases gástricos. É um laxante por excelência. Também previne os divertículos nas paredes do intestino. Contém mais fibra que a maioria dos grãos.
No sistema imunológico a linhaça previne os processos alérgicos e o LUPUS.
No sistema cardiovascular é útil no tratamento da ateroesclerose, devido a sua ação antiinflamatória e redutora dos níveis de colesterol, no tratamento da trombose, hipertensão, agregação plaquetária e arritmia cardíaca.
O consumo de linhaça diminui as condições inflamatórias de todo tipo e também trás benefícios para o cabelo e a pele, essencialmente a pele seca e sensível aos raios do sol, trazendo também melhoras no tratamento da psoriase e eczema.
Um dos mais notáveis indicativos de melhora devido ao consumo de linhaça é o incremento progressivo na vitalidade e na energia. A linhaça aumenta o coeficiente metabólico e a eficácia na produção de energia celular. Os músculos se recuperam da fadiga do exercício.
Terapia oral com óleo de linhaça, em cápsulas na dose de 1 ou 2 g/dia, reduz a inflamação da superfície ocular e melhora os sintomas de olho seco em pacientes portadores da síndrome de Sjögren. Estudos de longo prazo são necessários para confirmar o papel desta terapia como auxiliar no tratamento da ceratoconjuntivite seca de portadores da síndrome de Sjögren.(Pinheiro Júnior, 2007).
Indicações
• Na prevenção de doenças cardiovasculares, como hipertensão e infarto;
• Para reduzir os níveis sangüíneos de colesterol e triglicérides;
• Ajuda a manter a pele saudável e fortalece o sistema imune;
• No tratamento da depressão, asma e oesteoporose;
• Como auxiliar no tratamento da artrite reumatóide;
• No auxílio ao tratamento dos sintomas da menopausa;
• Útil na dieta de vegetarianos;
• No tratamento do olho seco na síndrome de Sjögren;
Posologia
• Tomar de 2 a 6 cápsulas de 500 mg ou de 1 a 3 cápsulas de 1 g/dia. Recomenda-se o uso concomitante de suplemento de vitamina E.
Reações adversas
Diarréia, náusea e flatulência em raros casos.
Precauções
Nos pacientes com diarréia.
Interações
Pode interagir com agentes lipofílicos.
Contra-indicações
Hipersensibilidade a linhaça e ácidos graxos insaturados.
Fontes
Brasil Sociedade Brasileira de Cardiologia IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Departamento de Aterosclerose, 2007
GAROFOLO, Adriana; PETRILLI, Antônio Sérgio. Balanço entre ácidos graxos ômega-3 e 6 na resposta inflamatória em pacientes com câncer e caquexia. Rev. Nutr., Campinas, v. 19, n. 5, Oct. 2006 . Available from
MARTIN, Clayton Antunes et al . Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e ocorrência em alimentos. Rev. Nutr., Campinas, v. 19, n. 6, Dec. 2006. Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000600011&lng=en&nrm=iso. Accesso em 05/05/2011. doi: 10.1590/S1415-52732006000600011.
PINHEIRO JR, Manuel Neuzimar; SANTOS, Procópio Miguel; SANTOS, Regina Cândido Ribeiro dos; BARROS, Jeison de Nadai; PASSOS, Luiz Fernando; NETO, José Cardoso. Uso oral do óleo de linhaça (Linum usitatissimum) no tratamento do olho seco de pacientes portadores da síndrome de Sjögren. Arq Bras Oftalmol. 2007;70(4):649-55.
ATENÇÃO: ESTE TEXTO TEM CARÁTER INFORMATIVO. NÃO USE PLANTAS MEDICINAIS OU MEDICAMENTOS SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO.
"SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO."
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